quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Resenha: Yami Shibai – terceira temporada.


O que mais Yami Shibai poderia ter de novidade? Depois de duas temporadas em que vimos que qualquer situação corriqueira pode virar um conto de terror, vemos isso amplificado na terceira temporada.

Se não leu a resenha da primeira temporada, clique aqui.
Se não leu a resenha da segunda temporada, clique aqui.

Resenha da terceira temporada

Cenas da abertura dos episódios da terceira temporada

Como podem ver nas fotos acima, a abertura da terceira temporada é diferente das temporadas anteriores: temos um menino de olhos inexpressivos que ao desenhar em um caderno, canta:

Amigos daquele lado
vêm para este lado...
Amigos deste lado
vêm para aquele lado...

Isto está relacionado ao foco desta temporada de Yami Shibai, que são as mais diversas criaturas assombrosas que se aproveitam do descuido/burrice das personagens e acabam levando elas para “o aquele lado”, onde estas criaturas existem e ditam as regras. Obviamente, nunca há meio de se escapar delas quando as encontra, tornando tudo mais assustador.

Após o fim cada episódio, conseguimos ver o desenho do garotinho de olhos inexpressivos. Trata-se de uma ilustração relacionada às criaturas que aparecem no episódio, indicando que ele é o criador das histórias nesta temporada. No entanto, temos a aparição da icônica máscara amarela do kamishibaya das temporadas anteriores flutuando no ar e cantando para o menino de olhos inexpressivos. Talvez um indício de quem está incentivando o garoto a fazer os desenhos?
Vejam as seguintes cenas do encerramento da terceira temporada.

Encerramento do primeiro episódio

Encerramento do décimo segundo episódio.


Vamos à resenha dos episódios:

Não temam os spoilers. Vão querer ver os episódios mesmo assim.
Episódio 1: Empreste-me. Um rapaz resolve passar em um banho público depois do trabalho. Enquanto toma banho, no lado feminino alguém de voz doce lhe pede objetos emprestados a todo o momento. Até que os pedidos começam a ficar estranhos.

Episódio 2: Túnel. Dois homens estão perdidos em uma estrada, quando decidem entrar em um túnel que não se encontra no mapa...

Episódio 3: Ratos. Um estereótipo de casal acabara de se mudar para uma casa de aluguel barato. A mulher se sente extremamente incomodada com os ratos que infestam a casa e o homem trata isso com pouco caso. Um dia, um dos ratos acaba mordendo o dedo da mulher...

Não nos subestime
Episódio 4: O barulhento quarto do hospital. Em um dos episódios mais perturbadores da temporada, um rapaz que está internado no hospital tem um estranho sonho e depois ouve risadas de uma das salas de cirurgia do hospital...

Episódio 5: Museu da Taxidermia. Durante uma chuva, um casal que passa férias em uma cidade pequena, resolve entrar em um museu de animais empalhados. A mulher se impressiona com estas peças empalhadas, pois, nas palavras dela: “parecem que estão me encarando”...

À noite, somos nós que invadirão seus sonhos

Episódio 6: Festival “daquele lado”. “...amigos desse lado, vão para aquele lado...”. Lembram da abertura do anime? Pois bem, nessa história, Asako e Miki são duas amigas que estão em um festival tipicamente japonês quando se deparam com um painel  cheio de máscaras de personagens folclóricas japonesas. Neste momento, Asako percebe que se perdeu de Miki. Ao perguntar consigo: Para onde Miki foi?, uma das máscaras responde: Para aquele lado. Mas este conto ainda está longe de terminar...

Episódio 7: Atrás. Durante a noite, em uma viagem de campo escolar, um grupo de meninos conversão sobre assuntos aleatórios até um deles comentar sobre um estranho sonho em que todos os seus colegas de sala riem.

Um verdadeiro artista este menino dos desenhos, não é?
Episódio 8: Bonecas do dia das meninas. Um grupo de jovens invade uma casa abandonada onde encontram uma coleção de bonecas japonesas...

Episódio 9: O 4º. Meninas de uma escola comentam sobre uma lenda dos “Homens aperto de mão”, dos quais você deve evitar ao máximo encontrar... Não que ter isso em mente vá te salvar...

Episódio 10: Carrossel. Num parque que fica no alto de um prédio, uma moça resolve andar num carrossel enquanto seu namorado se distrai vendo as fotos tiradas pela sua câmera. Em dado momento, todos no parque começam a agir de maneira estranha, inclusive a moça que repete constantemente para o namorado: Shinji, está vendo?

Episódio 11: Relógio de cuco. Ao visitar sua avó, a pequena Rumi fica tão impressionada com o funcionamento de um relógio de cuco, que fica imitando o som das engrenagens: Tic Tac, Tic Tac, Tic Tac. Até o cuco sair da sua toca.

Pensa que pode fugir de mim?
Episódio 12: Na água. Durante a noite, um rapaz resolve treinar natação na piscina de sua escola antes de um importante campeonato, cuja vontade de vencer atiça um espírito híbrido de mulher e peixe (uma sereia?) a persegui-lo.

Episódio 13: Desenhos. No último episódio da temporada, prepare-se para uma história que relaciona todos os episódios da temporada e dá uma macabra explicação (até que previsível) de como as criaturas “vêm para esse lado”.

E então? Virá para o nosso lado?
Mas posso lhes garantir que o fim deste episódio não é nem um pouco previsível e causará alguns... bugs e curtos-circuitos no seu cérebro.

Este é você depois de ver os último episódio.
Não se sabe se haverá uma quarta temporada de Yami Shibai, pois está temporada tem certo tom de despedida no último episódio. De qualquer forma, eu só posso dizer que foi uma das animações de terror mais interessantes que já existiram, explorando todos os lugares comuns dos contos de terror com um toque da cultura nipônica.


Agradeço a todos que leram as resenhas de Yami Shibai.

 Nos próximos dias haverá outras resenhas... De filmes e livros bem aleatórios. Até logo.


Um comentário:

  1. Amei a forma como você fez as sinópses de cada episódio. Não tem Spoiler pra mim, pois quando assisti, me surpreendi com muitos acontecimentos que você não mencionou (nem mencione, ok? kkk). Parabéns! Ficou ótimo.

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